Anarchicks falam sobre o novo disco
Foi em 2011 que a banda portuguesa Anarchicks surgiu. Formada por Marta Lefay (vocal, synth, guitarra), Katari (bateria), Synthetique (baixo) e Aim (guitarra e baixo), a banda lançou neste ano o álbum “We Claim The Right to Rebel and Resist”, primeiro com a vocalista Marta Lefay e uma obra que visa empoderar as pessoas e chamar atenção à necessidade de reclamar por seus direitos e lutar pelo que é justo. O som é punk rock com influências de electro e rock and roll.
O jornalista João Pedro Ramos, no site Crush em Hi-Fi, conversou com as meninas da banda e trouxe uma entrevista fantástica com as meninas! A entrevista na íntegra, você confere neste link (http://crushemhifi.com.br/as-portugesas-anarchicks-metem-o-pe-na-porta-com-we-claim-the-right-to-rebel-and-resist/)
Separamos os melhores momentos para vocês! 😉
– Quais são as principais influências da banda?
Tudo o que nos rodeia. A música que ouvimos e com a qual estamos em contacto assim como todas as nossas experiências de vida.
– Me falem um pouco mais sobre o disco “Really?”. Como ele foi criado?
“Really?!” Não querem antes falar do nosso novo álbum? (risos) Este album já saiu há três anos, foi muito bom, vivemos muito com esse disco e tivemos contacto com muitos palcos, pessoas, experiências. Foi um álbum de criação muito espontânea, numa altura em que a banda se sentia a borbulhar com ideias e havia uma necessidade muito urgente de ter um trabalho editado.
– O machismo continua acontecendo com frequência no meio musical? Vocês já sofreram com isso?
Sim, infelizmente. Começado pela necessidade constante, por parte dos media, em “rotular” a nossa música como “rock feminino” em vez de apenas rock. Quantas bandas existem de composição mista, ou com composição maioritária de mulheres? Desde sempre tivemos de lidar com comentários e críticas inapropriadas, relacionadas com as nossas características físicas, a nossa música e até a nossa capacidade de saber usar os nossos instrumentos. E infelizmente isto é global, senão vejamos por exemplo a questão que veio parar às redes sociais passado Janeiro sobre o publicista musicalHeathcliff Berru, do Life or Death PR e todos os casos relatados de abuso sexual de mulheres, ou as declarações da cantora de Chvrches, Lauren Mayberry, relativamente à misoginia na música. E os exemplos e relatos repetem-se… Temos que ter esperança e lutar por um mundo melhor, com mais justiça e igualdade. Só o facto de existirmos enquanto músicas já é uma luta e uma reivindicação. E a luta tem de ser feita diariamente.