WINA: uma cara moderna para o novo rock nacional

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Wina é cantora, compositora, DJ e produtora musical, conhecida por seu estilo autêntico e marcante. Ela ganhou visibilidade nacional ao participar do The Voice Brasil, onde encantou o público com sua voz poderosa. Atualmente, Wina integra o júri do Canta Comigo Teen, exibido pela Record TV, contribuindo com sua experiência e carisma na avaliação dos jovens talentos. Em julho de 2024, lançou o single “Fragmentadx”, parte de seu EP inteiramente cantado em português, trazendo uma fusão de rock e música eletrônica. Trocamos uma ideia com ela e perguntamos sobre música, o futuro do rock e muitos assuntos aleatórios. Confira:

Nome artístico: WINA 

Idade: 27

Instrumentos que toca: guitarra, violão e teclado. 

Instrumentos que gostaria de tocar: piano, bateria. 

Como era a Wina na adolescência, o que você imaginava e sonhava conquistar? 

Na infância e na adolescência eu já tinha uma afinidade exclusiva com arte e expressão cultural. Na escola, tinha afinidade com música, artes e educação física. Exclusivamente (risos). Ainda na adolescência, depois de formar as primeiras bandas com colegas de escola, já comecei a trabalhar como cantora a convite de um professor, e nunca mais parei. 

Não tive dúvidas quando finalmente terminei o ensino médio e logo me graduei como produtora musical. 

Você começou sua trajetória misturando rock’n’roll com música eletrônica, uma combinação ousada e marcante. O que te inspirou a criar essa fusão de estilos e como foi o processo de construção da sua identidade artística?

Frequentava raves e pubs de rock na mesma medida desde a adolescência. Dois universos que parecem distantes, mas que se conectam muito desde os anos 80. Comecei a me aventurar com alguns remixes, misturando vertentes da eletrônica como a house music e dubstep com refrões e riffs de clássicos do rock de todas as décadas. Em 2019, estreei o Live Dj Set, no formato solo, discotecando, cantando e, às vezes, tocando guitarra também. Fui residente de alguns clubs de SP e cheguei a fazer uma tour pela Europa. Em 2021, alguns fatores me influenciaram a trazer o formato banda de volta aos meus shows, mas sem perder a atmosfera eletrônica. Sentia falta do peso e da energia de um show de rock e da banda ao meu lado. Tem sido incrível sintetizar esse metal moderno nas performances e nas últimas músicas que lancei. 

Sua participação no The Voice Brasil trouxe visibilidade para sua carreira. Como essa experiência influenciou sua música e sua visão sobre o mercado musical? 

Eu só decidi me inscrever para o The Voice Brasil quando já tinha certeza das influências e referências que queria que o grande público associasse a mim e a minha trajetória. Usei a vitrine nacional que é o The Voice Brasil pra apresentar para o grande público a estética musical e visual que eu já seguia no meu trabalho autoral. E confesso que o ato de parar para pensar em quais eram minhas maiores referências para escolher a música de cada apresentação me incentivou a enaltecer ainda mais o peso do Rock nas minhas músicas. Essa visceralidade é minha paixão. Cada uma das minhas 5 apresentações no programa foi como contar uma história do Rock e do Eletrônico na minha identidade artística. Da versões inusitadas de Sweet Dreams do Eurythmics na linguagem de Marilyn Manson até o Rock Nacional de Plebe Rude com uma mensagem forte e disruptiva, como o movimento do Rock deve ser. 

O mercado musical, como todas as áreas, segue tendências que têm altos e baixos. Acho que estamos em alta.  A estética dark tem sido muito explorada em outras bolhas e o hype das bandas de nu metal e Emo dos anos 2000 tem sido muito positivos pra nossa galera alternativa. Hoje é muito mais fácil conectar-se com artistas de gêneros e subgêneros de todo o mundo. É animador e libertador. Conheço bandas de metal moderno do leste europeu, Austrália e até do Japão. E quero colaborar com elas também. Pra mim, esse é um jeito acolhedor de usar os algoritmos das redes sociais e das plataformas digitais. 

 Você atua como jurada no Canta Comigo Teen, o que observa nos artistas que participam do programa? O rock continua vivo para essa nova geração?

Tivemos finalistas roqueiros em todas as temporadas do Canta Comigo Teen. Acho que isso já é uma resposta certeira da força que o Rock tem, né? Fiquei positivamente impressionada com a bagagem e referências musicais que as crianças e adolescentes trouxeram para suas apresentações. Muito emocionante e animador. 

Quais os novos projetos e o que está por vir?

Em 2025 pretendo levar o EP OVERPLUGGED para o Brasil todo e quem sabe para fora também. Europa está na mira com meu maior número de ouvintes depois do Brasil. Eu consumo muito as sessions ao vivo no estilo BBC Live Lounge e pretendo fazer mais conteúdos e versões assim para o meu canal também. Um álbum inédito com 10 músicas já está no forno. Mas temos muito o que curtir de OVERPLUGGED em 2025. Quem sabe um single até o final do ano? 

Wina, 26 anos, é uma cantora, compositora, dj e produtora paulistana

NA PISTA

Qual o ‘cast’ dos sonhos para um Festival Rock Feminino?

Um cast dos sonhos equilibraria bandas novas e veteranas. E claro, gringas e latinas (principalmente Br) também. Porque temos o molho, certo? Rs. Passaria por todos os gêneros e décadas do Rock. Apesar de ter só uma mulher na formação, Spiritbox é minha banda atual favorita.Linkin Park já estava no meu top 10, com a Emily foi para o top 3, com certeza. Seria a headliner. Evanescence, Joan Jett, Alanis Morissette, The Pretty Reckless, Halestorm, Garbage, Nightwish, Epica, Pitty – são algumas veteranas que eu sonharia em ver juntas. 

Skynd, Poppy, Nova Twins, Lacuna Coil, Babymetal, The Mönic, Giovanna Moraes, Day Limns e Wina <3 – são as novatas que gostaria de reunir também.

Quais seriam as músicas do melhor CD de Rock Feminino de todos os tempos?

Heavy is the Crown – Linkin Park 

Circle With Me – Spirit Box 

Cherry Bomb – The Runaways 

All the Things She Said – t.at.u. 

Call me When You’re Sober – Evanescence 

Máscara – Pitty

WTF Do I Know – Miley Cyrus 

Antagonist – Nova Twins 

Damage (overplugged) – WINA 

Quem seriam as integrantes da banda Rock Feminino dos sonhos?

VOCAL: Courtney LaPlante (SpiritBox) 

BATERIA: Cindy Blackman (Lenny Kravitz)

BAIXO: Tina Weymouth (Talking Heads)

GUITARRA: Nita Strauss 

Qual o melhor show que você já foi?

Linkin Park com Emily Armstrong nos vocais. 

E melhor show que você ainda não foi?

Crypta <3 

Qual CD você esconde da galera da banda?

Tenho alguns clássicos do Disney Channel dos anos 2000, RBD e até um CD de remixes do Latino na época de “Festa No Ap”

Qual CD ostenta para os fãs?

O último vinil que comprei do Sisters Of Mercy. A coleção inteira de CDs da Britney Spears, Lady Gaga e Madonna. 

NO PALCO

O melhor show que já fez?

Na Audio em 2022. Quero levar minha nova turnê para os palcos da Audio de novo! 

O pior show que já fez?

Foi a estreia da tour FRAGMENTADX no Rio de Janeiro. Foram 8 horas de trânsito, com direito a pneu da van furado. No palco, meu aplique de cabelo soltou logo no início do show. Me senti nua. 

A música que tem mais orgulho de ter gravado/composto?

Do EP “ OVERPLUGGED”, Don’t Be Pluto. A letra dela sempre me toca de alguma forma. Gosto muito. 

Por quantas bandas já passou e qual sente mais saudade?

Tive 2 bandas autorais na adolescência, alguns covers de Hard, Glam e Metal. Curti muito essa fase. Comecei lançando minhas obras autorais já como artista solo, com 21 anos, na cena eletrônica. 

Qual projeto musical gostaria de ter no futuro?

Meu sonho é realizar um show com minha banda e uma grande orquestra formada por mulheres. Tenho como referência as apresentações ao vivo do Muse, uma das minhas bandas favoritas.

Rock Feminino

O site Rock Feminino é um grande banco de dados brasileiro de bandas de rock com mulheres.

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