43duo vai em busca de conexões reais no single Guabiruba pt. II, que apresenta o próximo disco
A partir da repetição hipnótica de um loop de guitarra e de uma bateria de trap, o projeto paranaense de indie psicodélico 43duo construiu Guabiruba pt. II, música que apresenta agora como primeiro single do disco Sã Verdade, a ser lançado neste ano. A letra se move entre escombros e excessos, onde casas desmoronam e bens se acumulam. O mundo de Guabiruba pt. II é feito de contrastes: o concreto que cede, a natureza que chama. Inspirada na escrita de Manoel de Barros, a faixa abre caminho para um vôo, ainda que difícil, em direção a conexões mais reais. De Paranavaí (PR), o 43duo é formado por Hugo Ubaldo na guitarra e na voz, e Luana Santana, que se divide entre bateria, teclas e voz. Ouça a música aqui.
O videoclipe (assista aqui) que acompanha a faixa amplia essas ideias, trazendo imagens que refletem a fragilidade de um mundo pautado pelo consumismo exacerbado. Filmado na casa onde Hugo cresceu, hoje um depósito de decorações infantis, o cenário serviu como um símbolo da acumulação material. Entre cores e caos, cada cômodo se tornou um microcosmo onde Luana e Hugo tocam cercados por objetos. No clipe também é possível perceber a dinâmica musical do projeto, que constrói seu universo sonoro apenas com os dois integrantes – Luana toca bateria e synth bass simultaneamente, enquanto Hugo vai sobrepondo loops de guitarra. Entre as referências visuais do vídeo estão os trabalhos de artistas como Bispo do Rosário e Profeta Gentileza, cujos universos artísticos e culturais dialogam com a proposta do clipe, que tem direção de Ana Carolina Iglesias Fidalski.
A produção musical de Guabiruba pt. II foi financiada com recursos oriundos da Fundação Cultural – Prefeitura de Paranavaí, Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, Ministério da Cultura – Governo Federal.
Capa com foto e direção de arte de Kemmy Fukita – download aqui
A capa de Guabiruba Part. II foi produzida a partir de uma fotografia de Kemmy Fukita, que traz a imagem de um cogumelo para simbolizar os ciclos da vida, a transformação e a conexão com o natural – elementos centrais na identidade visual do álbum a ser lançado, Sã Verdade. “Os fungos, seres que transmutam matéria em novas formas de existência refletem essa ideia de renovação e dissolução. Além disso, os efeitos de distorção na imagem remetem a um estado de sonho e ilusão, criando um ambiente lúdico no qual essa mesma estética se conecta ao videoclipe, trazendo uma reflexão sobre o que é real e o que é percebido”, conta Kemmy Fukita.
FICHA TÉCNICA
Música
Letra, composição, interpretação, guitarras e voz: Hugo Ubaldo (@hugoubaldos43)
Composição, interpretação, bateria e sintetizador: Luana Santana (@lusantads43)
Produção musical e mixagem: Felipe de Mari Scalone/Junkmahal Studio (@junkmahal)
Masterização: Alejandra Luciani/Sugar Kane Studio (@sugarkaneaudio)
Capa e direção de arte: Kemmy Fukita (@kemmyfukita)
Clipe
Direção geral: Ana Carolina Iglesias Fidalski
Roteiro e making off: Marcela Rodrigues Oliveira
Direção de arte e fotografia: Kemmy Fukita
Operação de câmera e montagem: Marcelo Luiz Baraldi
Produção musical financiada com recursos oriundos da Fundação Cultural – Prefeitura de Paranavaí, Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura, Ministério da Cultura – Governo Federal
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SOBRE 43DUO
O 43duo é um projeto de Paranavaí (PR) formado por Hugo Ubaldo na guitarra e na voz, e Luana Santana que se divide entre bateria, teclas e voz. Um duo que soa como banda, o projeto explora elementos do rock e do indie psicodélico, abordando as relações entre a vida em sociedade e a natureza com letras imagéticas. A trajetória da dupla teve início em 2020, durante a pandemia, com o EP 43, seguidos dos álbuns As Pessoas e As Cidades (2022) e Se7e Sonhos (2024). Entre os destaques dos palcos pelos quais já passaram, estão o Festival Morrostock (RS), em 2023; o Surucuá Rock, ao lado do IRA! e Edu Falaschi, na cidade natal do projeto, em 2024; e o Festi Corchea, no Uruguai, no mesmo ano, encerrando a turnê do último álbum, que passou também pela Argentina – incluindo a Patagônia.