Lívia Gomes: a vocalista da banda Gueersh

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Lívia Gomes é uma musicista brasileira, conhecida por seu trabalho como vocalista e instrumentista na banda Gueersh. No grupo, ela contribui com vocais, sintetizadores e guitarra, integrando uma sonoridade que mescla rock experimental, psicodelia e improvisação livre. Além de seu trabalho com a Gueersh, Lívia Gomes tem se destacado na cena musical independente por sua abordagem inovadora e contribuições para o rock experimental brasileiro. Trocamos uma ideia com ela e perguntamos sobre música, mulheres no rock e muitos assuntos aleatórios. Confira:

Nome completo: Lívia Gomes Nogueira Carneiro

Nome artístico: Lívia 

Idade: 30 anos

Instrumentos que toca: synth e guitarra

Instrumentos que gostaria de tocar: flauta

A música experimental é mais difícil de ser assimilada, como que ela surgiu na sua vida? 

Surgiu lentamente… e tocando. Durante a adolescência e início da vida adulta, tocava uns covers e acordes básicos no violão. Só vim a tocar instrumentos de forma mais livre em 2017, quando conheci Guilherme e David (guitarristas da Gueersh). Eles viviam falando sobre música, improvisando e chamando pessoas pra improvisar junto. Com eles comecei a improvisar também. 

Como é o processo de composição dentro da banda? As músicas nascem de improvisos ou já surgem com uma estrutura pré-definida?

São vários processos. Às vezes alguém traz uma música e a gente vai quebrando ela pra encaixar todo mundo. Às vezes alguém traz um caco e a partir dali a gente cria uma estrutura. Às vezes a gente toca livre e grava, depois estrutura esse improviso (foi assim que surgiu “Vaninha Perereca”, por exemplo). Tem os processos que acontecem durante a mix. Acho que por isso as músicas ficam bem diferentes.

Você utiliza vocais, sintetizadores e guitarra no som da Gueersh. Como surgiu esse interesse por misturar diferentes timbres e texturas musicais?

Ainda estou me familiarizando com os timbres e texturas. Gueersh é minha primeira experiência musical. Quando comecei, quis tocar guitarra, porque me sentia mais confortável. Depois fui pro synth, porque era muito difícil ter três amps de guitarra nos lugares quando a gente tocava. Meio que fui me movendo conforme a necessidade. A voz, nunca pensei em usar, mas também fui incentivada e foi libertador. Hoje em dia essas coisas tem se combinado cada vez mais com a banda toda. Tem sido um desenvolvimento conjunto.

O que podemos esperar da Gueersh para os próximos meses? Algum projeto novo a caminho?

Vamos para o Cerrado pela primeira vez em abril. Também estamos montando um doc das nossas últimas viagens que fizemos de carro pra países vizinhos e queremos gravar o próximo disco ainda esse ano.

O mais recente lançamento, Interferências na Fazendinha, parece explorar novas paisagens sonoras. O que vocês buscavam expressar com esse disco?

A gente buscou expressar esses lugares que rodeavam a gente enquanto estávamos compondo e gravando, os bichos, a natureza e também as cidades e a correria na estrada. Também tem algo sobre o trabalho em torno de uma coisa que não é cada um, é o coletivo… E algo sobre a ruína dos papéis sociais tradicionais de família e gênero, essas performances claustrofóbicas. E tem isso do calor, do fogo! Estamos entrando em combustão! 

Fique a vontade para responder alguma pergunta que eu não tenha feito.

Sim, pulei de uma pedra direto no mar lá em Vitória uma vez.

Foto por Vitor de Lima

NA PISTA

Qual o ‘cast’ dos sonhos para um Festival Rock Feminino?

Balbela

Kartas

The Brendas

Tem Mas Acabou

Brita

Gueersh

Duo Chipa

Quais seriam as músicas do melhor CD de Rock Feminino de todos os tempos?

Playlist que fiz das músicas que tenho curtido agora:

Quem seriam as integrantes da banda Rock Feminino dos sonhos?

Gina Birch (The Raincoats), Satomi Matsuzaki (Deerhoof), Sandra Coutinho (As Mercenárias) e Deborah Scroggins (ESG).

Qual o melhor show que você já foi?

Hermeto Pascoal

E o melhor show que você ainda não foi?

Tom Zé

Qual CD você esconde da galera da banda?

Vampire Weekend

Qual CD ostenta para os fãs?

MGMT – Oracular Spectacular

NO PALCO

Foto por Lívia Gomes

O melhor show que já fez? Em Vitória/ES, na Sala Pós Cirúrgica.

O pior show que já fez? Quando a gente não consegue se conectar.

A música que tem mais orgulho de ter gravado/composto? Mercúrio.

Por quantas bandas já passou e qual sente mais saudade? Não passei por outra banda ainda.

Qual projeto musical gostaria de ter no futuro? Um projeto de música baixinha, rsrsrs.

NO BACKSTAGE

Tinha um pôster daquele meme fuuuu na parede do meu quarto até o ano de 2012.

Risquei de raiva e de tanto ouvir um CD do Green Day hahaha.

Não tenho vergonha de dizer, mas já fui fã do Jared Leto kkkkk.

Na banda eu sou a mais cabeluda de todos.

Minha camiseta do MGMT praticamente andava sozinha.

No catering do show não pode faltar frutas e água.

Esqueci um pedaço da música “Vaninha Perereca” e tentei enrolar fazendo acrobacias, risos.

O que mais me arrependo é de não fazer cocô antes de subir no palco.

Rock Feminino

O site Rock Feminino é um grande banco de dados brasileiro de bandas de rock com mulheres.

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