Nova biografia de Janis Joplin captura sua dor e alma
Chegou às livrarias norte-americanas no último dia 22 de outubro, uma nova biografia da rainha do rock, Janis Joplin. O livro “Janis: her life and music” é escrito pela multipremiada jornalista Holly George-Warren. A biografia, incrivelmente íntima, estabelece Janis como a pioneira musical que quebra as regras.
O primeiro ato transgressivo de Janis Joplin foi ser uma garota branca que teve uma noção precoce do poder do blues, tipo de música que você só podia encontrar em discos obscuros e em estradas ao longo da costa do Golfo do Texas e da Louisiana. Mas mesmo antes disso, ela se destacou em sua conservadora cidade petrolífera. Ela era uma garota intelectualmente curiosa e artística. Quando chegou ao ensino médio, havia atraído o desprezo de seus colegas por abraçar os Beats e por suas visões racialmente progressistas.
Janis Joplin se tornou lenda devido a sua alma impetuosa e apaixonada, condenada pela dor que produziu uma das vozes mais extraordinárias da história do rock. Mas, nestas páginas, Holly George-Warren fornece um retrato revelador e profundamente gratificante de uma mulher que não tinha tudo a ver com sofrimento. Janis era perfeccionista: uma musicista erudita e apaixonada que nasceu com talento, mas também trabalhou excepcionalmente para desenvolvê-lo. Era uma mulher que ultrapassava as fronteiras de gênero e sexualidade muito antes de ser socialmente aceitável. Ela era uma buscadora sensível que queria se casar e se estabelecer – mas não podia ou não simplesmente não o faria. Ela era uma texana que ansiava por fugir do Texas, mas nunca conseguia fugir – mesmo depois de se tornar um ícone contracultural em São Francisco.
O livro, escrito por uma das cronistas mais conceituados da história da música americana, e baseado no acesso sem precedentes à família, amigos, companheiros de banda, arquivos e entrevistas perdidas, “Janis” é um retrato complexo e gratificante de uma artista notável que finalmente conseguindo o que merece.