Highlights: Mariana Volker e muito amor, por favor

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Não sei se por memória afetiva, ou se realmente por fato, mas tenho a teoria de que a quarta edição do Festival Rock Feminino recebeu as melhores inscrições. E não desmerecendo as anteriores, simplesmente, porque vi potencial em todas – todas mesmo – as inscritas. Nas outras edições uma ou outra não tinham futuro. Mas aquela edição de 2006 era ouro puro e, provavelmente, vocês vão me ler muito por aqui falando de bandas daquela edição [a próxima deve ser a Audio3].

Mas a primeira delas se chama Unidade Imaginária. E estou falando dessa banda em específico nesta semana, porque a Mariana Volker – vocalista da banda – acabou de lançar seu primeiro disco completo desde o fim da UIM. Pois bem, a primeira vez que escutei “Madalena”, a música inscrita pela banda no festival, eu não tive dúvidas: aquela banda estaria no Faustão – ou qualquer outro programa de auditório – até o fim do ano. A música era essa:

Mas demorou quatro anos até que esse clipe fosse lançado e para que a banda chegasse à MTV, figurando entre as mais tocadas do canal. [Meu Deus, penso até hoje no quanto isso é injusto com uma banda desse porte] E posso listar aqui todas as músicas MARAVILHOSAS que estavam naquele disco da UIM. Tipo essa daqui [senta e chora coleguinha, porque é lindeza demais por megapixel]:

Enfim, a UIM acabou em 2012, para desespero, tristeza e decepção minha e de uma centena de órfãos aí afora. Na verdade, eu acho que minha frustração por essa banda não ser a mais tocada do Brasil hoje ou naquela época, se refletiu muito na minha frustração com o mercado fonográfico como um todo. É algo do tipo: “cara, como isso não está tocando nos corredores da Renner ou das Lojas Americanas hoje?” [É porque nem existe mais departamento de CD nas Lojas Americanas!] Mas é um retrato tão triste do que o mainstream se tornou, que me deixa muito, muito triste, e pra entoar tristeza [que guitarra é essa, Léo, meu filho? E esse baixo Valen? Muito amor!] 

Com o fim da UIM [até rimou], a Mari – Mariana Volker vocalista da banda – seguiu em carreira solo. Foi então que surgiu o EP ‘Palafita’, com a produção de Liminha, que dispensa apresentações. A guitarra não é mais pesada como antigamente, mas as letras, as melodias e, claro, a voz – e que voz minha gente – continuam as mesmas. O clipe de estreia foi “Eterno Verão”, lançado em 2014:

Aí depois desse EP você poderia dizer: definitivamente está no topo da Billboard! Mas não…e é o que mais me dá raiva desse Brasil. [juro, que não falo mais desse assunto!] Então, três anos depois, Mariana estaria no The Voice. O que pra mim era ÓBVIO que venceria o programa [mas, secretamente eu nem queria, existe aquela maldição de que quem ganha o The Voice nunca vai fazer sucesso]. E eu sou daquelas que torce, mas torce muito para que um artista que eu gosto e acredito faça sucesso. A Mari avançou bastante no programa, mas, infelizmente, não deu. Mas, gente, ouve isso!

Pois bem, agora é 2019 e Mari está aí. Mais viva, mais linda e mais forte do que nunca. O disco ‘Órbita’ foi lançado no último dia 8 de novembro. Antes disso, ela já tinha liberado algumas prévias do que viria em videoclipes muito bem produzidos, músicas sacadíssimas e letras super inteiradas com a vida. A primeira dessa série de lançamentos foi “Gigantesca”, que literalmente representa tudo que Mariana é, simplesmente, gigante!

E pra lacrar esse artigo mais meloso que chocolate hidrogenado com doce de leite, porque eu posso, sou fã demais mesmo. E nem trouxe Wikipedia dessa vez porque não tem! [Vou ter que eu mesma escrever e já estou prevendo o trabalhão que vai dar!] E convenhamos, que desta vez não é preciso falar nada, só ouvir. Então ouve essa última, o último clipe lançado do disco recém lançado, que na verdade é uma regravação do EP do UIM. Pra gente chorar junto aqui e dizer que essa mulher é MARAVILHOSA, senhor! Amém!

E aí, gostou? Impossível não gostar!

Cya!

Vivian Guilherme

A autora é jornalista, mestre em Ciência, Tecnologia e Sociedade pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), graduada em Letras e pós-graduada em jornalismo contemporâneo. Produtora musical e técnica em áudio profissional, foi eleita Personalidade Musical do Ano (2008 e 2011) pelo Prêmio GRC Music (extinto Prêmio Toddy de Música). É criadora do Festival Rock Feminino e webmaster do Rockfeminino.com.br.

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